Os frutos do mar e os peixes em geral são uma ótima fonte de ácidos graxos ômega-3 e vitaminas A, B e D, o que os tornam alimentos muito consumidos em várias partes do mundo. As espécies mais comuns comercializadas em restaurantes são o salmão, o camarão, o atum, o caranguejo e a tilápia.
Quando se trata de responsabilidade ambiental e consumo responsável, temos que olhar para os fornecedores desse tipo de alimento.
Um dos principais focos é a saúde dos oceanos e da vida marinha. Além disso, os próprios consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos que sejam de boa procedência.
Mas o que são frutos do mar ‘sustentáveis’?
Frutos do mar sustentáveis são aqueles que os produtores criam e capturam para consumo de uma forma que não ameace o seu ecossistema ou a perpetuação da espécie. Do mesmo modo, o método de pesca também não pode poluir excessivamente o ambiente em que a espécie vive.
Infelizmente hoje em dia é muito comum a prática de pesca insustentável, onde os peixes e frutos do mar são capturados através da pesca selvagem, que pode ocasionar impacto negativo sobre o meio ambiente, se não for regulamentada e melhorada. A pesca pode entrar em colapso em 2050. Sendo assim, é importante levar essas práticas em consideração ao selecionar os fornecedores para o seu restaurante.
Sobre a pesca selvagem
A pesca selvagem pode se tornar insustentável quando as empresas pescam em excesso e/ou quando capturam os peixes maduros mais rápido do que podem se reproduzir. Por isso, corre-se o risco de levá-los à extinção.
Também é comum a ‘captura acidental’, quando se captura outros animais, como golfinhos, tartarugas, tubarões entre outras espécies, de forma não intencional. Eventualmente, esses animais podem morrer e tornar a pesca em alto mar insustentável para o meio ambiente.
Para minimizar o impacto da pesca selvagem, as empresas devem seguir organizações que pesquisam e regulamentam as populações de peixes. Nesse sentido, o objetivo é saber quais espécies devem ser evitadas naquela estação ou local. Além disso, deve-se adotar práticas seletivas de pesca, como arpoagem e certas armadilhas em redes de arrasto de fundo e palangres (aparelho de pesca que consiste em um cordão de onde saem linhas mais finas com anzóis).
Piscicultura (peixes criados em fazendas)
Embora a piscicultura seja uma ótima maneira de aumentar o abastecimento de peixes, ela pode se tornar insustentável rapidamente se não a fizerem corretamente. Precisamos ficar alertas quando ocorre um ou mais dos motivos abaixo:
– Resíduos – os peixes criados em fazendas produzem uma quantidade considerável de resíduos, que podem poluir o habitat, aumentar os níveis de nitrogênio, proliferação de algas tóxicas e doenças nos peixes, se não filtrarem o local corretamente.
– Uso de produtos químicos – alguns criadores usam hormônios para aumentar a produção de peixes, ocasionando a mudança genética e possíveis efeitos nocivos nos seres humanos.
– Alimentação insustentável – ao alimentar os peixes com outros peixes capturados na natureza, o ecossistema pode ficar comprometido. Porém, ao alimentá-los apenas com vegetais, deve-se considerar a pegada de carbono causada pelo cultivo terrestre.
Para minimizar esses impactos, as pisciculturas devem investir em métodos de filtragens e limpeza completa dos resíduos gerados, reduzir o uso de hormônios e optar por rações naturais como algas marinhas, insetos e micróbios.
Esses são alguns cuidados que os criadores de peixes e frutos do mar devem ter. No próximo post, vamos falar como administrar um restaurante de frutos do mar sustentáveis.
Leia também “O que você deve considerar ao ter um restaurante de peixe e frutos do mar”
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Fontes: Webstaurantstore e Qualifest
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